PASSADO QUE CONTINUA PRESENTE –
Em 1891 Machado de Assis publicou na coluna A Semana do Jornal Diário do Rio de Janeiro, a frase: “O país real, esse é bom, revela os melhores instintos; mas o país oficial, esse é caricato e burlesco”.
Ariano Suassuna em 2022 no Programa Gema Brasil (Gema – Global Entertainment Marketing Academy), da TVE-RJ, popularizou a frase numa interpretação de texto: “Machado de Assis já observava e criticava no século XIX a discrepância entre a nação vivida pelo povo e a imagem projetada pelas instituições e pela elite política da época”.
Esse passado insiste em ser presente.
O que precisa é acabar com a tola veneração a caudilhos e a boba ilusão emotiva de idolatrar salvadores da pátria de plantão. A nação clama pela política consistente, calcada numa democracia pragmática e de resultados e menos festiva e falaciosa. Anseia em conteúdos programáticos, com menos ideologia inerte e que imponha a probidade da governança e a coloque na equânime trilha da prosperidade.
Urge instituições políticas solidas no diapasão da excelência, personagens políticas com vocação para estadistas, verdadeiramente timoneiros da ordem e progresso.
Moisés Aguiar – Economista