Os partidos considerados de centro passaram a concordar com as colocações feitas ontem pelo presidente Temer, em entrevista exclusiva concedida ao jornal Correio Braziliense. Temer defendeu que esses partidos precisam pensar na possibilidade de uma candidatura única, sob pena de não conseguirem sucesso nas eleições deste ano, em virtude das muitas candidaturas já postas. Hoje há pelo menos seis nomes postulando o cargo de presidente. A viabilidade de uma campanha unindo os principais partidos do centro encontra respaldo na avaliação de especialistas. A expectativa é impedir a desidratação desses candidatos, evitando que as pré-candidaturas de esquerda e de direita cresçam demais. A ideia é aproveitar o período da Copa para analisar minuciosamente o apelo das pré-candidaturas junto à população nos estados. Será uma espécie de termômetro para avaliar quem tem mais chance para comandar o centro.

As pesquisas eleitorais terão um peso importante, mas não determinante. Líderes do DEM e do MDB, por exemplo, consideram que ainda é cedo usar as estatísticas de intenção de votos para bater o martelo, sem explorar junto à base eleitoral o potencial das pré-candidaturas. O poder de convencimento das legendas e do respectivo presidenciável em reunir o maior número de partidos é o que determinará o jogo político do centro. No MDB, a divisão dentro do partido e a impopularidade de Temer comprometem uma pré-candidatura própria. Diante disso, quem mais tem espaço para crescer é Geraldo Alckmin, que poderá atrair legendas como PTB, PSD, DEM, PR, PP, PPS e o Solidariedade”. A expectativa de evitar dar espaço para candidaturas de esquerda e de direita, tidas como radicais, é um anseio que pode unir esses partidos.

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