PAPAI NOEL –

Começo do fim do semestre. Corpo cansado, mente cansada. Dormi até às 11h no feriado. Quando isso aconteceu comigo? Não consigo lembrar. Começo a dizer que estava com preguiça de sair, de arrumar minhas coisas, de fazer supermercado. Parei e me questionei: preguiça ou cansaço? É cansaço!

Preciso emagrecer. Preciso me exercitar. Preciso por em dia as leituras. Preciso… Preciso… Preciso descansar!

Me dei ao luxo: descansar!

Viver o marasmo, o ócio e retornar ao simples.

Então, voltando de um exame de sangue, deparo-me com um Papai Noel ENORME numa varanda. Com um saxofone, eu acho, na boca e balançando a cinturinha numa alegria contagiante.

Não sei qual música tocava. O som do carro estava tocando Raimundos, mas podia ser Mulher de fases que fazia o Papai Noel dançar.

Faz de conta que era!

Faz de conta que não tem obrigação, compras a fazer, prova para estudar.

Faz de conta que temos todo o tempo do mundo para rir junto a um Papai Noel que dança uma música que não escuto.

Mas, que me alegrou!

É só isso que me importava naquele momento.

Quem disse que Papai Noel não existe?

 

 

 

Bárbara Seabra – Cirurgiã-dentista, autora de “O diário de uma gordinha” e escritora

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