A despesa total das 24 operadoras de planos de saúde associadas à Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) cresceu 18,1% nos últimos 12 meses, encerrados em março, em comparação aos 12 meses anteriores. É o que indica o Boletim Indicadores Econômico-financeiros e de Beneficiários da entidade.

As despesas incluem gastos administrativos, assistenciais, comercialização e pagamento de impostos. “É uma taxa elevada, que inspira atenção por parte das empresas e da sociedade, que paga as mensalidades”, disse o economista Sandro Leal, gerente-geral da FenaSaúde. A despesa total alcançou R$ 53,4 bilhões no período analisado.

A receita das afiliadas à FenaSaúde somou R$ 54,3 bilhões, com expansão de 14,3%. Segundo Leal, a folga no orçamento das operadoras foi de cerca de R$ 1 bilhão. Considerando todo o mercado de saúde suplementar, a despesa total atingiu R$ 134,8 bilhões, com aumento de 15,4%. A receita somou R$ 134,4 bilhões, com expansão de 14,7%, segundo o boletim.

O resultado operacional do mercado mostrou um ‘déficit’ de R$ 1,3 bilhão nos últimos 12 meses até março deste ano. Leal disse que esse é o resultado médio global do setor. São  1.180 operadoras no mercado, com companhias “indo bem e outras indo mal”, afirmou o gerente. Se o setor de saúde suplementar pudesse ser consolidado em uma única empresa, ele estaria dando ‘déficit’ hoje”, disse.

Segundo o economista, é preciso olhar os gastos na área da saúde e ver como estão sendo alocados. Na sua opinião, um dos pontos que precisa ser reavaliado é o de órteses e próteses, que já foram objeto de instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso Nacional, resultando em medidas do Ministério da Saúde para proteção dos consumidores de planos e de usuários do sistema público de saúde. “A FenaSaúde considera que essa parte precisa de atenção especial, porque tem uma série de problemas e falhas de mercado”.

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