O PROJETO DOS MÉDICOS CUBANOS, POR QUE NÃO COPIAR O MODELO? –
Polêmico mas compreensível o modelo cubano, entre tantas justificativas, uma delas, de viés irônico, reparou que o sistema de alocar médicos em rincões difíceis do país somente dá certo sob uma administração “democrática” como a de Cuba. Sugeriu mais o comentarista que o emprego desses médicos generalistas da ilha ocorre sob coação e arbitrariedade. Ainda se revela o item econômico da transferência de altas somas do projeto para o governo cubano, na casa de bilhões de reais por ano. Mais ainda, a crítica, que os médicos estejam cientes que o seu trabalho traz a pecúnia mensal de R$ 11 mil, sendo que na conta de cada profissional aparecem apenas 30% desse valor.
Carece de questionar a solução brasileira para esse projeto.
Se um médico cubano, em que pesem ás injunções de cunho indutivo, percebem cerca de R$ 3 mil por que médicos brasileiros não aceitariam participar do programa com salários 4 vezes maiores?
Em Cuba há 25 faculdades de medicina, todas públicas, e anunciou-se que foram enviados nesses anos um total de 20 mil profissionais de atendimento médico básico. O Dr. Drauzio Varela assegurou que o Brasil é vice-campeão mundial em número de faculdades de medicina. Em 2017 registraram-se 311 faculdades. Projeta-se que em 40 anos o Brasil terá algo em torno de 1,5 milhão de médicos, até que se compreende pelo montante populacional.
Por outro lado, há o rigor na formação aqui, diante da explosão do número de faculdades de medicina. Citou o Dr. Drauzio que há 13 anos o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) faz realizar um exame teórico, facultativo, para os doutorandos do estado. Apesar de a prova conter temas gerais de grau intermediário de dificuldade, é reprovada mais da metade dos alunos.
Resta-nos acompanhar as providências brasileiras de substituição dos médicos cubanos. Se os recém-contratados irão honrar o código hipocrático e atender com assiduidade aos brasileiros que vivem nos recessos de nosso país.