O MODISMO –

Com o passar do tempo, os costumes se modificam, no que tange aos hábitos de alimentação, vestuário e vocabulário, abrangendo agora o gênero não binário.
A intenção é se introduzir na língua portuguesa novos vocábulos quem nem todas as pessoas aceitam. Trata-se da linguagem neutra, usada em eventos do atual governo.

Em algumas cerimônias de posse de novos ministros, foram utilizadas expressões neutras para que pessoas não binárias (que não se identificam nem com o gênero masculino nem com o feminino) ou intersexo, se sintam representadas.

Oradores e comunicadores adotaram a mania de iniciar suas falas com a saudação “brasileiros e brasileiras”. Mas nas reuniões especializadas, a expressão muda para “doutoras e doutores”, acadêmicos e acadêmicas, professores e professoras, eleitores e eleitoras, etc.

As feministas não aceitam ser saudadas implicitamente pelas expressões masculinas tradicionais.

A novidade, agora, é a saudação “Todos, todas e todes”, que, francamente, incomoda aos ouvidos. Um exagero na nossa língua.

Os políticos tem modificado a forma de se iniciar um discurso.

Desde criança, gosto de circo e até hoje sou fã da inteligente saudação circense, “Respeitável Público!”

Bonita e cordial, essa expressão abrange a todos que estiverem presentes ao espetáculo. Com a sabedoria da tradição, a expressão junta homens e mulheres no mesmo saco, colocando-os no mesmo pé de igualdade. Ninguém se sente diminuído, e todos de consideram respeitáveis.

Ao que tudo indica, um importante político brasileiro, José Sarney, foi o primeiro a usar a expressão “brasileiros e brasileiras” para iniciar um discurso. A moda pegou, e hoje todos usam nos discursos a saudação com distinção de gênero, como se a humanidade fosse composta de dois seres especiais. Esqueceram que a raiz do homem e da mulher é uma só. A humanidade é uma só.

No nosso País, somente na saudação Circense, “Respeitável Público”, o homem e a mulher se encontram no mesmo patamar, sendo respeitado o princípio constitucional da igualdade, contida no Art. 5º da Constituição Federal.

Salve a sabedoria do Circo!

Violante Pimentel – Escritora

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