O BOM CORAÇÃO NO UNIVERSO DO CAOS –
Estamos vivenciando uma grande quantidade de nascimentos de autistas, que são seres evoluídos que não se adaptam facilmente ao equipamento sapiens. A falta de harmonia da alma com o corpo resulta numa vivência complicada e cheia de desafios para todos os envolvidos.
Percebemos igualmente seres altamente sensíveis em harmonia com o corpo físico, mas tristes, desanimados, decepcionados, envergonhados, sentindo-se impotentes diante de um planeta repleto de seres malignos, defensores de absurdos, cegos em raciocínio, pobres em discernimento, raquíticos em compreensão e absolutamente vazios de compromissos com a ética, a espiritualidade e o bem-estar planetário nos aspectos ecológicos, políticos, religiosos e familiares.
Os seres que possuem visão, humanidade, ciência e consciência assistem, pasmos, ao crescimento de uma onda nefasta — no seio familiar, no trabalho e na convivência social.
Esse ser, por não ser afeito ao confronto, à objeção física, ao debate mental, metafísico e politizado, por ver no semelhante absoluta ignorância, agressividade e ausência de tirocínio, se abstém de confrontar e mergulha na nuvem das reflexões. Por falta de conteúdo bélico, deixa o planeta à mercê da horda de desordeiros, ocos de humanidade, fantoches de religiosos, cavernas de família e carniça de políticas de interesse pessoal e ganhos financeiros.
Os autistas, os humanistas e os seres que possuem um mínimo grau de percepção do que está acontecendo sofrem, posto que não têm forças para confrontos, debates pífios e troca de acusações.
Mas há uma boa notícia neste oceano de iniquidades: a história, até agora, só mostra que o bem venceu.
Os que muito sofreram no passado hoje são lembrados como heróis e vencedores. Já a escória que momentaneamente domina cenários acaba, cedo ou tarde, revelada pelo que de fato é: escória.
Sejamos bons, a despeito de quaisquer coisas que passemos. Parece que algo no alto ajusta o fim das coisas a favor dos justos.
Flávio Rezende – Jornalista
