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A nossa região Nordeste não vai precisar religar de forma contínua as térmicas com custo de geração superior a R$ 600 MW/h. Isso foi o que garantiu o Ministério de Minas e Energia em comunicado divulgado ontem. As usinas foram desligadas em agosto de 2015, mas voltaram a ser acionadas no início deste mês, para compensar a baixa geração eólica nas primeiras semanas do ano.

Segundo o MME, as plantas vão voltar a atender os seus objetivos originais – fortalecer o sistema em horários de pico, substituir térmicas em manutenção e compensar restrições elétricas – mesmo que haja escassez de água nos reservatórios da região. A decisão de suspender a geração no ano passado foi criticada por especialistas, pois os reservatórios ainda estão em baixa na região. O reservatório de Sobradinho, por exemplo, fechou o ano com 2,19% de seu volume útil.

De acordo com o ONS, o custo dessas térmicas não entra no cálculo das bandeiras tarifárias, que é restrito às usinas escaladas no Programa Mensal de Operação (PMO), que descreve todas as usinas que serão utilizadas durante o mês (com revisão semanal). O uso das usinas mais caras, no entanto, é definido na Programação Diária da Operação Eletroenergética e em Tempo Real. Mas, segundo o MME, mesmo que o custo do uso eventual dessas térmicas mais caras fosse incluído nas bandeiras tarifárias, a pequena quantidade de energia não peso suficiente para alterá-las.

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) avaliou inclusive que a segurança poderá aumentar esse ano. O abastecimento da região continuará sendo feito sem sobressaltos com a geração das usinas do rio São Francisco, com os parques eólicos da região, com a importação de energia do Norte e do Centro-Sul e com as térmicas de base da região. O MME informou que com os reservatórios da região norte mais cheios, a exportação de hidroeletricidade para o Nordeste poderá aumentar, reduzindo ainda mais o uso dessas térmicas eventuais em horários de pico de consumo.

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