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O “perigo iminente” do rompimento das barragens de Germano e de Santarém e das estruturas remanescentes (diques 2, Sela, Tulipa e Selinha), em Bento Rodrigues, levou a Justiça a determinar que a mineradora Samarco apresente à Secretaria de Estado do Meio Ambiente de Minas Gerais e ao Departamento Nacional de Produção Minerária (DNPM), no prazo de três dias, um plano de emergência para evitar que a tragédia de 5 de novembro se repita, causando mais mortes e destruição ambiental.

Na solicitação, os promotores informam que as estruturas remanescentes na Mina do Germano não apresentam segurança satisfatória e se baseiam em estudos técnicos feitos por determinação do MP. Também alegam que consta dos autos do inquérito uma avaliação geotécnica feita pela própria Samarco, que concluí que “as estruturas inspecionadas apresentam-se comprometidas”. Para o MP, o risco de ocorrer catástrofe ainda mais devastadora é “acentuadíssimo.”

Uma das medidas que a Samarco deve adotar, de acordo com a determinação da Justiça, é esvaziar, até esta segunda-feira (30), a Usina Hidrelétrica Risoleta Neves, em Santa Cruz do Escalvado, a 100 quilômetros de Mariana. O prazo dado começou a contar na sexta-feira, quando os réus foram notificados da liminar da 1ª Vara da Fazenda Pública Estadual. A estrutura da represa será usada para amortecer nova onda de lama em caso de eventual rompimento de alguma das barragens do Complexo de Germano.

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