/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2017/7/q/eQ6nunREi78ALnvcg9ZQ/toto.jpg)
Salvatore Riina, o ex-poderoso chefão da máfia siciliana e um dos homens mais temidos da Itália, morreu em consequência de um câncer nesta sexta-feira (17). Sua morte foi confirmada pelo Ministério da Justiça.
O “chefe dos chefes”, de 87 anos, condenado a 26 penas de prisão perpétua e suspeito de matar mais de 150 pessoas, estava em coma induzido havia vários dias, depois de duas cirurgias que agravaram seu estado de saúde.
Também conhecido como Toto Riina, o mafioso faleceu na unidade carcerária do hospital de Parma, norte da Itália.
Sua mulher e três de seus quatro filhos foram autorizados na quinta-feira (16) pelo ministério italiano da Saúde a visitá-lo, véspera da sua morte, para uma despedida. O filho mais velho do mafioso, Giuseppe Salvatore, cumpre pena de prisão perpétua por quatro assassinatos.
“Não é Toto Riina para mim, você é apenas meu pai. E te desejo um feliz aniversário, papai, neste dia triste mas importante. Te amo”, escreveu seu outro filho, Salvatore, no Facebook na quinta-feira, dia do aniversário do criminoso.
De acordo com o arcebispo de Monreale, que também responde por Corleone, Riina não poderá ter um funeral público, porque era um “pecador”.
“Se a família pedir, podemos considerar uma oração privada no cemitério”, explicou o arcebispo Michele Pennisi em um e-mail à Associted Press. Ainda não se sabe, no entanto, se o corpo de Riina será levado para Corleone.
Riina havia solicitado a libertação em julho, alegando uma doença grave, mas o pedido foi rejeitado depois que um tribunal determinou que o atendimento médico na prisão era tão adequado quando o que receberia fora do sistema penitenciário.
Os médicos afirmaram na ocasião que Riina estava “lúcido”. Em uma conversa interceptada há alguns meses, o ex-poderoso chefão afirmou que “não se arrependia de nada”. “Nunca poderão lidar comigo, mesmo que me condenem a 3 mil anos de prisão”, disse.
Fonte: G1