Charles Robert Jenkins chega a base militar americana próxima a Tóquio, em imagem de 2004 (Foto: Toshiyuki Aizawa/Reuters/Arquivo)

Morreu na segunda-feira (11), aos 77 anos, o ex-sargento americano Charles Robert Jenkins, que desertou para a Coreia do Norte em 1965 e ficou retido lá por quatro décadas.

A informação foi dada nesta terça-feira (12) por um funcionário do município da ilha japonesa de Sado, onde o ex-militar residia. Jenkins morreu no hospital devido a uma arritmia.

Jenkins foi um dos seis soldados americanos que desertaram para a Coreia do Norte – e o único a sair para contar a sua história.

Em janeiro de 1965, o jovem sargento natural da Carolina do Norte estava destacado para patrulhar o lado sul da zona desmilitarizada que separa as duas Coreias. Ele bebeu dez cervejas e atravessou a fronteira para o Estado comunista.

Foi uma decisão da qual Jenkins posteriormente se arrependeu. Em seu julgamento numa corte marcial em 2004, no Japão, ele justificou sua fuga com a preocupação de que pudesse ser morto ao longo da fronteira ou que fosse enviado ao Vietnã.

“Eu sei que não estava pensando com clareza na época, e muitas das minhas decisões não fazem sentido agora, mas na época estas decisões tinham uma lógica e fizeram com que minhas ações parecessem quase inevitáveis”, escreveu Jenkins em suas memórias em 2008.

O ex-sargento planejava pedir asilo na embaixada da Rússia e ser devolvido aos EUA numa troca de prisioneiros. Mas, ao lado de outros três desertores americanos, foi retido pelo regime de Pyongyang por oito anos e forçado a aprender a ideologia norte-coreana.

Fonte: Deutsche Welle

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