Em entrevista concedida a revista Veja desta semana, a Ministra do STJ Eliana Calmon, ex Corregedora do CNJ, definiu o perfil do que ela chamou de bandidos de toga.
“O criminoso de toga tende a ser um juiz hermético, formalista, que fala pouco e não recebe as partes”, disse a Ministra. E continuou. “Mas ele está apenas se escondendo atrás do formalismo. Essa atitude o beneficia. O objetivo dele é fazer da Justiça um balcão de negócios. Ele sabe quais processos podem render dinheiro”
“Muitas vezes o juiz se associa ao advogado e divide os lucros. É claro que, em um universo de 16.000 juízes, nem 2% fazem isso, mas o estrago para a carreira é muito grande. Essa é a pior face da magistratura”, concluiu.
