MEU TEMPO DE RAPAZ –
Fui conhecer de perto o Novo Mercado da Redinha. Não analisei nem observei com detalhes o novo “Complexo Turístico” pois ao chegar ao local uma nuvem de lembranças me envolveu completamente e me levou ao passado relembrando fatos vividos ali na minha juventude Comecei a minha viagem mental pela casa que foi de Seu Maranhão assim como eu torcedor doente do América Futebol Club, a casa Antônio Barra Maia, de Jose Idelfonso Emerenciano, do amigo Bochechinha, de Seu Limarujo, e de Dr. Túlio Fernandes vizinho a Igrejinha antiga, a casa de Dona Carmen Pedrosa, de Professor Protásio Melo, de Dante de Melo lima, de Antônio Soares, de Cloro Leal. Lembrei do amigo e colega Jovelino Marques meu companheiro de serenatas.
E por falar em serenatas, de certa vez nós vínhamos de um a seresta lá pelas quatro horas Jovelino tocava e cantava uma música cuja letra de um compositor gaúcho conhecido como Teixeirinha falava do assassinato da esposa pelo marido, então eu comecei a fazer a voz da mulher gritando e pedindo socorro. Para não florear muito chegamos em casa e fomos dormir. Lá pelas oito horas da manhã, me levanto e me dirijo ao terraço na frente da casa, abro a porta e escuto um grito
– Parado, não se mexa, eu quero o corpo da mulher e a arma do crime. Que porra e isto pensei, parado e calado limpei meus óculos, esfreguei os olhos para ver se era verdade o que eu estava vendo. Observei e pergunte.
-Que diacho o senhor quer delegado? (perguntei) dando um passo á frente (eu) ouvi outro grito – Parado não se mexa eu quero o corpo da mulher e a arma do crime. Pensei um pouco e gritei para jovelino.
– Jovelino traz a garrafa de cana ( arma do crime ) e diz a Maria ( nossa secretária)que o delegado que vê-la nua.
– Pronto delegado ordem dada, agora eu vou entrando que estou me mixando.
Augusto Coelho Leal – Engenheiro Civil
