/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2021/z/y/LugWJ3S1ijL4R6bYMYfA/2021-01-31t160222z-645097534-rc24jl9vzqif-rtrmadp-3-russia-politics-navalny-protests.jpg)
Mais de quatro mil pessoas foram detidas pela polícia durante manifestações em diversas cidades da Rússia, nesse domingo (31), segundo a organização de monitoramento de protestos OVD Info.
Este é o segundo final de semana seguido que a polícia e os manifestantes se enfrentam no país. Os protestos exigem a libertação de Alexei Navalny, líder opositor do presidente Vladimir Putin.
Somente em Moscou, foram mais de 2.700 pessoas detidas. Entre elas, a esposa do opositor, Yulia Navalny, que foi presa a caminho de uma manifestação, de acordo com meios de comunicação da oposição.
As autoridades adotaram medidas de segurança no centro da capital, fechando estações de metrô próximas ao Kremlin, cortando o tráfego de ônibus e fechando restaurantes e lojas.
Navalny está preso desde o dia 17, quando voltou ao país após se recuperar de um envenenamento pelo agente químico novichok na Alemanha. Ele acusa o governo russo de ter planejado matá-lo, mas o Kremlin nega a versão.
O governo russo afirma ainda que o ativista responde por fraude fiscal e lavagem de dinheiro, enquanto ele alega perseguição política.
Repercussão
No Twitter, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, criticou a repressão às manifestações por meio do “uso persistente de táticas brutais” e pediu a libertação de todos os que foram presos, “incluindo Alexei Navalny”.
Em resposta aos EUA, o ministério das Relações Exteriores russo classificou as acusações como “interferência grosseira nos assuntos internos” da Rússia.
Mais tarde, o chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, denunciou em um tuíte “as prisões em massa” e o “uso desproporcional da força” contra manifestantes e jornalistas, e afirmou que “a Rússia precisa cumprir seus compromissos internacionais.”
Fonte: G1