LIVROS –

Minha lista não para de crescer. O carrinho da Amazon vive lotado de livros. A galeria do celular está cheia de fotos de indicações. Prometi a mim mesma não comprar novos livros enquanto não zerar os da estante e falhei miseravelmente nesta missão. Compro alguns, ganho outros, baixo no Kindle mais outros. E está tudo bem: fico feliz com eles.

Minha cunhada me chamou de consumista e neguei o rótulo veementemente. Comprar livros não é consumo, é investimento. E sinto que mesmo aqueles que estão esperando alguns meses para serem abertos, serão lidos no momento certo.

Sim! Existe um momento apropriado para cada leitura. Acho (de verdade!) que os livros me escolhem. Eles me fazem pensar que eu os escolho, mas seria ilusão acreditar nisso. Eles me ensinam. Algumas frases ficam marcadas no coração, alguns personagens me fazem uma falta louca, algumas histórias me dão inveja por não ter pensado no enredo antes. Mas, tudo chega na hora certa. Hora de aprender algo com eles.

Hoje li a seguinte frase: “A autoaceitação foi a parte mais difícil da cura para mim, algo que ainda luto para realizar.” Já a li e reli incontáveis vezes pensando no peso que ela tem. Provavelmente voltarei a ela outras vezes nos próximos dias até compreender a profundidade que ela tem. Ou não compreender. E tudo bem! Ela cumpriu a sua missão: me fez pensar.

E esse é um grande investimento…

 

Bárbara Seabra – Cirurgiã-dentista, autora de “O diário de uma gordinha” e escritora

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