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O presidente Xi Jinping confirmou nesta terça-feira (24) o status de governante chinês mais poderoso em décadas, com a inclusão de seu nome nos estatutos do Partido Comunista da China (PCC), um símbolo que o coloca à altura do fundador do regime, Mao Tsé-Tung.
O congresso do Partido é um evento central na vida política do país, e ocorre a cada cinco anos. Entre os aspectos definidos no evento está o programa que vai estabelecer as novas políticas do governo da segunda maior economia do planeta. Espera-se também que na quarta, Xi receba um novo mandato de cinco anos como secretário-geral, o cargo máximo na pirâmide do poder chinês.
“O pensamento de Xi Jinping sobre o socialismo com características chinesas para a nova era” aparece agora nos estatutos do PCC, o maior partido do mundo, e constitui um “guia de ação” para seus 89 milhões de integrantes.
Os 2.300 delegados do XIX congresso do PCC, que está em sessão desde a semana passada e nesta terça-feira organizou a eleição do novo comitê central, aprovaram por unanimidade a emenda que inclui o nome de Xi nos estatutos.
Os antecessores imediatos de Xi, Hu Jintao e Jiang Zemin, tiveram seus conceitos ideológicos incorporados à Constituição, mas não seus nomes. Além disso, a inclusão dos conceitos foi aprovada quando estes deixavam o poder, uma mostra da maior influência política que Xi Jinping acumulou.
Fundador da República Popular da China, Mao foi um dos criadores do Partido Comunista Chinês, em 1921, e chegou ao poder após derrotar as tropas nacionalistas. Em 1966, ele comandou a Revolução Cultural da China.
Antes do anúncio, Willy Lam, professor de Política da Universidade Chinesa de Hong Kong, explicou que o status confere a Xi uma autoridade extraordinária.
“Terá um status similar ao de Grande Timoneiro, que era o de Mao”, completou Lam.
“Isto permitiria ser como Mao, líder por toda a vida, enquanto conservar a saúde”, disse o acadêmico.
O nome de Deng Xiaoping, que sucedeu Mao no poder, e é considerado o principal arquiteto das reformas econômicas, conduzidas na década de 1980 e que transformariam o país na segunda maior potência econômica mundial, foi incluído nos estatutos após sua morte.
Fonte: G1