O fogo amigo contra o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, cresce a cada a dia e já contaminou o Congresso Nacional. O bombardeio contra o ministro e os resultados da política econômica, centrada no ajuste fiscal, não cessa. Esta semana foi a vez do líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS). Até aqui um defensor de Levy, Delcídio criticou abertamente o ministro:
“O ministro Joaquim Levy é um ministro ausente. Só o vejo no exterior, viajando. A última vez que o vi estava em Lima”, criticou Delcídio, após ser interpelado por um senador do PMDB aliado ao governo e que se referira à agenda econômica do governo que está parada na Câmara, como a prorrogação da DRU e o projeto de repatriação de ativos financeiros.
A pressão sobre o ministro Levy e sua política de cortes foi iniciada pelo ex-presidente Lula, que sugeriu em duas oportunidades à presidente Dilma Rousseff que substitua Levy por Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central. Em uma das tentativas, Lula até sugeriu que Meirelles assumisse o BC para constranger e forçar a demissão de Levy.