O acidente foi em janeiro deste ano, quando Daniella Maia, de 42 anos, viajou de férias com a família para Itacaré (BA). Ela morava na Austrália, mas estava no Brasil para matar a saudade da família, que mora em Brasília.
O grupo ficou hospedado em uma casa de praia, cujo aluguel foi intermediado pelo Airbnb.
Segundo Daniella, no quinto dia de estadia, ela se apoiou no parapeito da sacada e a estrutura desabou – fazendo ela despencar de uma altura de quatro metros.
“Eu estava falando com o meu marido ao telefone. Eu desci para esse deck, onde tinha um guarda-corpo de madeira, e eu me encostei no guarda-corpo. E infelizmente, eu caí de costas, de mais ou menos 4 metros de altura”, contou à TV Globo.
Daniella teve de ser transportada para um hospital em Ilhéus (BA), a cerca de 70 km de Itacaré, para os primeiros socorros. Em seguida, foi transferida em uma UTI aérea para o Hospital de Base, em Brasília.
Com a queda, Daniella sofreu uma compressão na medula óssea – e perdeu o movimento das pernas.
No processo judicial, a defesa afirma que Daniella:
- encontra-se “em cadeira de rodas, totalmente dependente de cuidadores, com necessidade de tratamento médico multidisciplinar e contínuo”.
- não possui plano de saúde e depende de medicações de alto custo, fisioterapia intensiva e home care;
- perdeu a capacidade de trabalhar e garantir o próprio sustento – segundo o processo, ela trabalhava com jardinagem na Austrália.
Em nota à TV Globo, o Airbnb afirmou que vai cumprir as determinações da Justiça e tomar as providências cabíveis quando houver uma sentença definitiva.
Um vídeo feito por Daniella dias antes do acidente, no embarque para a Bahia, mostra ela caminhando pelo aeroporto e falando da empolgação com a viagem
Ação na Justiça
Segundo Daniella, a empresa seguradora do contrato com o Airbnb chegou a pagar R$ 470 mil para cobrir os custos iniciais da família com UTI aérea, cirurgia e medicamentos.
O valor, no entanto, não cobriu todos os custos de saúde – por exemplo, as despesas com reabilitação.
A família de Daniella acionou a Justiça para cobrar a complementação desse repasse e, além disso, uma indenização mensal de R$ 40 mil.
Na decisão provisória, do fim de novembro, o desembargador Roberto Freitas Filho reconheceu que a vítima “sofreu graves sequelas decorrentes do acidente, as quais a deixaram paraplégica e incapaz de prover o próprio sustento e passaram a lhe exigir cuidados diários para a manutenção de sua saúde“.
O magistrado também determinou que, até uma decisão definitiva, o Airbnb terá de custear todas as despesas com tratamentos e medicamentos que forem comprovadas, com nota fiscal, por Daniella.
Fonte: G1
