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A Justiça do Rio Grande do Norte determinou nessa quinta-feira (19) a suspensão da greve dos servidores da saúde de Natal, que teve início na terça-feira (17) na capital potiguar. Os servidores cobram um reajuste salarial de 24% dos salários.
Na decisão, a Justiça impôs ainda uma multa diária de R$ 10 mil para cada sindicato citado até o limite de R$ 200 mil em caso de descumprimento da decisão.
O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Rio Grande do Norte (SindSaúde) informou que convocou uma assembleia com a categoria às 9h desta sexta-feira (20) para decidir se vai acatar ou não a decisão judicial.
Na decisão, o juíz determinou “continuidade integral da força de trabalho” das categorias em greve e que os sindicatos fossem comunicados com urgência para o cumprimento da decisão.
Greve começou na terça-feira
Os servidores da saúde de Natal entraram nesta terça-feira (17) em greve por tempo indeterminado. A categoria fez uma caminhada e realizou uma manifestação em frente ao Palácio Felipe Camarão, na sede da prefeitura, na Cidade Alta.
A prefeitura de Natal chegou a fazer uma proposta de reajuste salarial, que foi negada pela categoria em assembleia. Em nota, a prefeitura informou a proposta de reajuste salarial foi de 5,47% “sobre os valores atuais, percentual correspondente ao índice inflacionário entre março de 2024 e março deste ano”.
“O Município comprometeu-se ainda, em avaliar as reivindicações da categoria e propôs uma mesa de negociação para aprofundar a discussão dos pontos apresentados, reafirmando a disposição da gestão em manter o diálogo aberto e permanente.
O município informou aionda que busca construir uma agenda de valorização “continuada, realista e sustentável” e “manifesta seu apelo ao bom senso dos representantes da categoria para o acolhimento das propostas apresentadas pela gestão e, sobretudo, para não prejudicar a prestação de serviços que são essenciais aos natalenses”.
Reivindicações
A categoria reivindica:
- uma recomposição salarial de 24% (com base no limite prudencial);
- a implementação da data-base retroativa a março, a recomposição das gratificações previstas na Lei Complementar 120;
- e o fim dos cortes dessas gratificações nos períodos de licença dos servidores.
Segundo o SindSaúde, a prefeitura propôs ainda um prazo de até 60 dias para regularizar a mesa de negociação, o que não foi aceito, já que a categoria exige uma mesa de negociação imediata.
O SindSaúde informou que estava optando por paralisações para pressionar a gestão à medida que a negociação fosse se desenrolando, mas que a greve foi decidida por conta da urgência de atendimento da pauta, que “exigiram medidas mais radicais”.
Fonte: G1RN