O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a prorrogação por 60 dias do prazo para a conclusão das investigações no âmbito de dois inquéritos instaurados contra o senador com base na delação da Odebrecht. Um diz respeito à acusação de que o então senador Aécio Neves recebeu em 2014 valores indevidos pelo grupo para a sua campanha eleitoral. No outro, Aécio é investigado por ter solicitado, segundo os delatores, o pagamento de vantagens indevidas de R$ 5,4 milhões para a campanha eleitoral de Antônio Anastasia (PSDB-MG) ao governo de Minas Gerais em 2010.  Aécio nega todas as duas acusações.

Em ambos os casos, o procurador-geral não vislumbrou conexão nos fatos narrados pelos delatores da Odebrecht com a Operação Lava Jato e solicitou a redistribuição dos inquéritos, que atualmente estão sob a relatoria do ministro Edson Fachin. Um deles foi redistribuído na sexta-feira e ficará sob a relatoria do ministro Gilmar Mendes. O caso diz respeito à acusação de que o então senador Aécio Neves recebeu em 2014 valores indevidos da Odebrecht para a sua campanha eleitoral. Ao determinar a redistribuição do inquérito, a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, concordou com o argumento do procurador-geral da República.

Por sua vez, após a decisão do presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto Souza (PMDB-MA), de arquivar o pedido de cassação do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), a defesa do tucano asseverou que não há crime nem quebra de decoro parlamentar nas denúncias contra o senador. Sobre o suspeito empréstimo de R$ 2 milhões oferecido por Joesley Batista ao senador, alega a defesa que a investigação demonstrará que a negociação não envolveu dinheiro público e muito menos propina.

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