O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan-RN) fará uma perícia para analisar com mais detalhamento os danos à Fortaleza dos Reis Magos, causados pelas obras conduzidas pela Fundação José Augusto. Segundo o superintendente do Iphan-RN, Onésimo Santos, as obras realizadas foram autorizadas pelo Iphan, mas o embargo ocorreu porque parte dos serviços teriam sido realizado de forma diferente do que foi autorizado.
Na manhã dessa segunda-feira (10), a Fortaleza dos Reis Magos já recebeu normalmente os turistas. No sábado, o Iphan-RN determinou o embargo da obra de manutenção realizada por empresa contratada pela FJA e as visitas ao Forte foram suspensas. Contudo, no domingo (9), Onésimo Santos, decidiu pela reabertura, mantendo apenas o embargo da obra.
O embargo ocorre após decisão que definiu que a gestão do Forte seria transferida para o Iphan-RN. Ontem, o superintendente do Iphan-RN, afirmou que o Forte deverá passar à administração do Instituto dentro de duas semanas. Segundo ele, o processo está em Brasília, no Ministério do Planejamento, e deverá ser publicado dentro deste prazo no Diário Oficial da União. “Depois disso, nós assinamos a cessão”, informou Onésimo Santos.
Quanto à perícia encomendada ontem, o superintendente do Ipahn-RN, disse que ela vai dizer se os danos provocados pela obra mal feita são reversíveis. “A primeira medida é constatar a exata extensão dos danos, quanto de cantaria recebeu respingos e a partir disso vamos solicitar uma análise mais apurada da situação, com peritos da Polícia Federal, do Ministério Público e do nosso pessoal de engenharia”, comentou Onésimo Santos. Segundo o coordenador de obras da FJA, o engenheiro Sérgio Wicliff, a Fundação aguarda o envio do laudo do Iphan para fazer as correções necessárias.