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Um plano que pare de pé. Mais do que um documento que mostre uma produção em disparada ou uma redução relâmpago do nível endividamento que seriam desejáveis, os investidores esperam que o conselho de administração da Petrobras aprove hoje um plano de negócios que tenha coerência interna. A divulgação deve ocorrer amanhã.
A maioria dos analistas espera que o nível de investimento para o período de 2016 a 2020 caia em comparação com o desembolso de US$ 98 bilhões divulgado na última versão do plano para o intervalo de 2015 a 2019. Ao mesmo tempo, o programa de desinvestimentos deve ser maior e incluir ativos de exploração e produção. A coerência sugere que esses fatores devem “casar” de alguma forma com a projeção de produção de óleo e gás da companhia, por exemplo.
Em relação ao refino, não se espera que Petrobras divulgue uma fórmula para sua política de preços gasolina e diesel. Mas se o plano incluir a previsão de que a estatal espera ter parceiros para refinarias, ou mesmo a venda de alguma dessas unidades, entende-se que isso teria que vir acompanhado por algum tipo de sinalização sobre política de preços. Afinal, ninguém espera que um investidor privado entre no mercado de refino sem a segurança de que o principal agente ou eventual sócio vá praticar margens positivas.
Até agora, o novo presidente da Petrobras, Pedro Parente tem falado em “política comercial” para os preços, não havendo clareza se há limite percentual ou temporal para os prêmios sobre preços externos, se a paridade internacional é uma meta de longo prazo, ou o que ocorre se o Brent disparar.
A apresentação de um plano visto como realista vai ao encontro do desejo de Parente, que tem dito em entrevistas e manifestações públicas que a empresa precisa ser mais previsível e entregar o prometido.

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