A empresa que venceu a licitação para construir os acessos do aeroporto de São Gonçalo do Amarante – a Queiroz Galvão – ameaça desistir da obra, caso o governo do estado não aceite realinhar os preços e atualizar a planilha de custos, aprovada em 2010, quando foi assinado o contrato. A construção dos acessos ainda não começou, nem há prazo.
Em visita ao aeroporto de São Gonçalo do Amarante ontem, o ministro Moreira Franco, da Aviação Civil, demonstrou preocupação quanto aos acessos e estimou que a obra pode não ficar pronta a tempo do início da operação do aeroporto, previsto para abril de 2014, caso não seja iniciada em julho. A obra dos acessos, que está orçada em R$ 72,1 milhões, prevê a ligação do aeroporto com as Brs 304, 226 e 406.
O governo do estado, que não divulgou em quanto teria de reajustar os preços, afirma que não pode atualizar a planilha, como exige a empresa, e já pensa num plano B para garantir a execução das obras, que poderão ser assumidas pela segunda colocada na licitação, a empresa EIT, caso o contrato com a Queiroz Galvão seja quebrado.
O realinhamento dos preços seria necessário, porque o governo só conseguiu garantir os recursos para construir os acessos do aeroporto três anos após assinar o contrato com a construtora. A diretora de Obras do DER esclareceu que a construtora pode voltar atrás na decisão até o momento da rescisão do contrato, e informou que o governo não se negará a pagar o reajuste, caso a empresa decida executar a obra: “a gente trabalha da seguinte forma: executa o serviço e paga o que está na planilha e o reajustamento. A questão é que a Queiroz Galvão não quer que seja assim”.