O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) está disponibilizando a partir de hoje (20), em formato digital, um conjunto de informações históricas sobre a vegetal do país, produzido nas décadas de 1970 e 1980, elaborado a partir dos projetos Radar da Amazônia (Radam) e Radambrasil, fruto da expansão do projeto original estendido para todo o território nacional em 1975.

Segundo o IBGE, a iniciativa possibilita que as informações disponíveis nas duas décadas, agora em formato digital,  possam ser comparadas com dados mais atuais.

Para o IBGE a obtenção do mapa da vegetação nas décadas de 1970 e 1980, na escala 1:5.000.000 – em que 1 centímetro é igual a 50 quilômetros – permitirá a modelagem das informações para as atuais estatísticas ambientais dos estados; a aferição da quantidade de vegetação e do que se preservou, distribuída por tipos de vegetação, e a comparação dos níveis de desmatamento, comparando as áreas desmatadas na época do antigo mapeamento e as da atualidade.

O IBGE ressalta o fato de que os projetos Radam e Radambrasil levantaram dados sobre geologia, solos, vegetação, relevo, uso da terra e cartografia nas décadas de 1970 e 1980. “O Radam é considerado o maior projeto de conhecimento da cobertura de recursos naturais do território brasileiro, efetuado com imagens obtidas por radar aerotransportado (embarcado em aeronave). Além do potencial de análise e integração das informações apresentadas, o produto se destaca como um referencial histórico da vegetação brasileira para estudos e pesquisas atuais e futuros”, avalia o instituto.

Os técnicos do instittuto destacaram que o trabalho é de interesse direto para as atividades de geociências e ciências afins em todas as suas áreas (geografia, cartografia, geodésia, recursos naturais, por exemplo). “É importante também para a estatística, particularmente pela preservação do valioso material produzido na época dos projetos Radam e Radambrasil e uma contribuição à memória do desenvolvimento da cartografia temática e do sensoriamento remoto no país e, em especial, no IBGE”.

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