Alfredo da Rocha Vianna Filho, o Pixinguinha, nascia no Rio em um 23 de abril há exatos 123 anos. E, há duas décadas, o aniversário de um dos maiores compositores da música popular brasileira passou também a inspirar uma celebração ao estilo de tocar brasileiríssimo — que virou um gênero musical brasileiríssimo — que ele ajudou a eternizar, com o Dia Nacional do Choro.

Data costumeiramente marcada por rodas, shows e encontros pela cidade, a celebração se viu desta vez diante do desafio de adaptação que a pandemia do coronavírus tem apresentado para a indústria cultural como um todo. Mas, como o choro não pode parar, artistas como o bandolinista Hamilton de Holanda, instituições como a Casa do Choro e estudiosos de sua cadência promovem eventos virtuais para comemorar hoje a data, que coincide ainda no Rio com o feriado estadual do Dia de São Jorge.

A seguir, listamos opções de apresentações de choro ao vivo em redes sociais e debates para conhecer e se aprofundar na história do ritmo de Pixinguinha, Chiquinha Gonzaga e tantos outros.

Bandão Virtual

Em uma versão digital da iniciativa dos alunos da Escola Portátil de Música, cerca de 160 músicos e aspirantes a instrumentistas, incluindo alunos e professores da escola e da Casa do Choro, prepararam uma apresentação especial. Através de uma plataforma virtual, eles gravaram trechos de “Saudade”, uma marcha-rancho composta por Pixinguinha e J. Cascata na década de 1950. Trata-se de raridade descoberta no acervo de Pixinguinha no Instituto Moreira Salles.

Os pequenos vídeos serão editados e vão virar uma grande apresentação coletiva, que será publicada hoje, às 12h30, nas redes sociais da Casa do Choro.

Casa do Choro

Fechada por conta da pandemia de coronavírus, a instituição instalada na Rua da Carioca também preparou uma live para celebrar o Dia do Choro, a partir das 19h, no Instagram (@casadochoro).

Na transmissão, Luciana Rabello, presidente da Casa do Choro, vai contar a história do instituto e explicar o que tem sido feito para manter os alunos ativos durante a quarentena, já que tantos os shows no auditório quanto as aulas presenciais dos cursos estão cancelados. A live vai contar também com convidados, entre eles músicos ligados à Casa.

Casa Natura Musical

Também de portas fechadas durante a quarentena, a casa de shows paulistana preparou uma programação especial com três lives para celebrar o choro. Na primeira, às 15h, Hamilton de Holanda, um dos responsáveis pela criação do Dia Nacional do Choro, celebra os grandes arranjadores negros ligados ao ritmo. Depois, às 17h, o jornalista e pesquisador musical Zuza Homem de Mello participa do bate-papo “Zuza Homem do jazz, do samba-canção… e do choro!”. Para fechar, às 18h, a cantora, compositora e bandolinista Nilze Carvalho celebra o pioneirismo e o legado da matriarca do choro, Chiquinha Gonzaga. As conversas, transmitidas no Instagram @casanaturamusical, serão mediadas pelo pesquisador Lucas Nobile.

Paço do Frevo

“Do choro ao frevo” é o nome do ciclo de eventos digitais comemorativos que o centro de referência do frevo no Recife organiza hoje, em seu Instagram (@pacodofrevo). Às 16h30, a coordenadora de música do instituto, Fernanda Pinheiro, conversa com Luciana Rabello, da Casa do Choro, sobre os diálogos entre o frevo e o choro. Às 20h, o maestro e compositor Marco César e o dançarino e musicista Antônio Nóbrega seguem em novo papo, com foco no ponto de vista artístico, e fazem um pocket-show.

Folha Seca

A livraria carioca mantém a tradicional roda de choro anual que promove na Rua do Ouvidor no Dia do Choro. Dessa vez, claro, o evento será digital, conduzido pelo fiel violonista Pratinha. Às 14h, no Instagram @folhaseca37.

 

 

Fonte: O Globo

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