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O governo federal espera investir R$ 1,4 trilhão na expansão da matriz energética até 2024. Apesar de destinar 70% desse montante para a exploração de petróleo e gás natural, as projeções de crescimento da produção são menores do que as feitas há um ano. Na terça-feira (29), o Ministério de Minas e Energia publicou o novo Plano Decenal de Expansão de Energia, documento que estabelece as previsões de oferta e demanda de energia no país.

A expectativa do ministério é que as produções de petróleo e gás natural dobrem nos próximos dez anos, mas em um ritmo mais lento do que estava sendo projetado. Agora, o ministério espera que a produção de petróleo ultrapasse os 3 milhões de barris diários apenas em 2018, e não mais em 2017.

A previsão para a expansão de produção de gás natural também foi reduzida. Antes, era esperada uma produção de 145 milhões de metros cúbicos em 2018. Agora, prevê-se uma produção de apenas 103 milhões de metros cúbicos.

Essa desaceleração tem explicação na indústria. As projeções de demanda do setor feitas pelo Ministério estão cada vez menores, diminuindo a necessidade de produção de combustíveis. Apesar do ritmo mais lento, ao final de dez anos, a produção de petróleo deve passar de 2,3 milhões de barris por dia para 5,1 milhões de barris por dia, enquanto que a produção de gás natural deve passar de 87,4 milhões de metros cúbicos por dia para 171,7 milhões de metros cúbicos por dia.

Cerca de 27% do total de investimentos previstos para a próxima década será destinada à expansão da capacidade elétrica. O governo espera que a capacidade instalada passe de 132,9 gigawatts para 206,4 gigawatts. O principal catalisador desse crescimento deve ser a capacidade instalada para a produção de energia eólica, que passará a responder por 8% da matriz elétrica após uma expansão de 20 GW – hoje, essa energia responde por apenas 2%.

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