
Um golpista vem usando as redes sociais, por meio de um WhatsApp falso com o nome do padre Antônio Nunes Araújo – um dos mais identificados com os católicos potiguares – para aplicar golpes. Os alvos são políticos e empresários. “Ele manda mensagens como se fosse eu. Diz que está ajudando crianças e jovens com leucemia e pede dinheiro”, afirmou o religioso.
Padre Nunes procurou a polícia na última sexta-feria (1º) e registrou queixa. O religioso relatou que não sabe quantas pessoas já foram vítimas, mas muita gente tem procurado-o a respeito. O último foi um deputado estadual, que disse ter recebido mensagem dele. O esquema do golpe o corre da seguinte maneira: a pessoa que criou esse perfil falso manda uma mensagem dizendo que preciso falar, e quando o político ou o empresário recebe o recado e retorna, recebe uma outra mensagem dizendo que o padre está em reunião com Dom Jaime e pede para ligar em um outro número, que seria o seu celular particular. É quando acontece o golpe. A pessoa diz que existe uma criança com leucemia que necessita tomar quatro injeções, e que o padre já teria conseguido três. Para comprar a última, o golpista pede dinheiro. A quantia varia.
Ao procurar a delegacia do conjunto Pirangi, a 10ª DP, padre Nunes disse que encontrou um casal que é dono de um posto de combustíveis e que estava lá para prestar queixa do criminoso. “O casal contou que chegou a depositar mais de R$ 2 mil na conta do golpista”, revelou. Segundo o Código Penal Brasileiro, o estelionato é capitulado como crime contra o patrimônio, sendo definido como “obter, para si ou para outro, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento”. A pena é de um a cinco anos de prisão e multa.