Palestinos correm para se proteger de bombas de gás atiradas por tropas israelenses na fronteira entre Gaza e Israel após protestos contra a inauguração da embaixada dos EUA em Jerusalém (Foto: Mohammed Abed/AFP)
Palestinos correm para se proteger de bombas de gás atiradas por tropas israelenses na fronteira entre Gaza e Israel após protestos contra a inauguração da embaixada dos EUA em Jerusalém (Foto: Mohammed Abed/AFP)

Trinta e sete palestinos morreram e cerca de 500 ficaram feridos em confrontos com soldados israelenses nesta segunda-feira (14) na fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel, anunciaram as autoridades do território palestino. Dentre os feridos, 35 foram alvos de tiros.

Os confrontos ocorrem poucas horas antes da inauguração da embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém, que começou pontualmente às 16h locais (10h em Brasília). A data marca o dia em que o Estado de Israel completa 70 anos. Os palestinos protestam na fronteira desde o dia 30 de março, na chamada Grande Marcha do Retorno, que evoca o direito dos palestinos de voltarem para os locais de onde foram removidos após 1948, pela criação do Estado de Israel.

Milhares de palestinos se reuniram nesta segunda em diversos pontos próximos à fronteira e pequenos grupos se aproximaram da cerca de segurança vigiada por soldados israelenses. Os grupos tentaram avançar contra a barreira e lançaram pedras na direção dos soldados, que responderam com tiros.

A Autoridade Palestina acusou Israel de cometer um “massacre horrível” na fronteira. Yusuf al-Mahmud, porta-voz da Autoridade Palestina, pediu em um comunicado “uma intervenção internacional imediata para frear o massacre horrível em Gaza cometido pelas forças israelenses de ocupação contra nosso heroico povo”.

As forças de segurança israelenses se preparam para os protestos de dezenas de milhares de palestinos nesta segunda tanto na Faixa de Gaza, submetida ao bloqueio israelense, como na Cisjordânia ocupada, contra a inauguração da embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém.

No domingo e nesta segunda-feira o exército israelense lançou panfletos em Gaza para advertir os palestinos que participam nas manifestações que se expõem ao perigo e que não permitirá danos à cerca de segurança ou ataques aos soldados ou aos civis israelenses vizinhos do território palestino.

De acordo com o jornal israelense “Haaretz”, milhares de policiais estão posicionados na cidade.

O presidente americano Donald Trump disse no Twitter que esta segunda é “um grande dia para Israel”. Trump não fez referência à violência e pediu a seus seguidores que assistam ao vivo a cerimônia de inauguração da sede diplomática.

Na cerimônia de abertura da embaixada estarão presentes Ivanka Trump e Jared Kushner, filha e genro e conselheiros do presidente americano, estarão.

Fonte: G1

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