Cartaz com a foto do líder espiritual do Irã, aiatolá Ali Khamenei, concedendo a maior honra militar do país ao general Qasem Soleimani, morto em ataque americano, é visto durante funeral em Teerã, nesta segunda-feira (6)  — Foto: Atta Kenare / AFP

A filha do general iraniano Qasem Soleimani, morto em um ataque americano em Bagdá (Iraque), declarou que o “plano maligno” do presidente americano, Donald Trump, de causar separação entre o Iraque e o Irã falhou. O funeral mobiliza uma multidão em Teerã nesta segunda-feira (6).

Ela afirmou ainda que a morte de seu pai trará dias mais escuros para os Estados Unidos e Israel.

Carregando cartazes com o retrato de Soleimani, as pessoas se reuniram nos arredores da Universidade de Teerã, onde o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, preside as cerimônias e orações pelo general.

Neste domingo (5), o chefe do Exército iraniano disse que os EUA não teriam “coragem” para o “conflito”, e o ex-ministro da Defesa iraniano e atualmente conselheiro militar do aiatolá Hossein Dehghan afirmou à CNN que “a resposta [ao ataque que matou Soleimani] será com certeza militar e contra alvos militares”.

O Irã anunciou que seu trabalho de enriquecimento de urânio não respeitará mais o acordo nuclear de 2015, que limitava o nível de enriquecimento a 3,6%, e que sua produção não terá mais restrições.

No fim da noite de sábado, no horário local, foguetes atingiram a Zona Verde, área de Bagdá onde ficam embaixada dos EUA e outras representações diplomáticas, e uma base que abriga militares norte-americanos em Balad, a 80 km da capital iraquiana. Ninguém ficou ferido e não se sabe a autoria dos ataques.

Líderes mundiais têm pedido para que Irã e EUA evitem a escalada de violência. Neste domingo, o Papa Francisco pediu “diálogo e comedimento” em meio às tensões no Oriente Médio.

Fonte: G1

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