Hudjudyson Brito disse que o irmão chegou a avisa a mãe, por volta das 21h30 que estava na praia e que iria solicitar uma viagem por aplicativo para voltar para casa. Em outra mensagem, ele dizia que já estava dentro do carro e bem. Mas o professor nunca chegou em casa. Por volta da meia-noite do dia 25 de fevereiro, o irmão foi o primeiro da família a receber a notícia.
“Eu estava longe, morando em Minas. Uma conhecida me ligou. Ainda não caiu a ficha. Não consegui ver meu irmão, não consegui chegar a tempo”, afirmou.
“Ele era um cara brincalhão, estudioso, um professor que amava os alunos, amava o que fazia. Estava se formando para ser advogado. Futuramente queria ser juiz”, diz a amiga Valquíria Gomes.
Em um vídeo registrado pelas câmeras de segurança de um estabelecimento comercial na praia de Ponta Negra, na noite em que foi encontrado morto, Arisson aparece colocando a bolsa nas costas e saindo do local. As imagens foram as últimas do professor com vida.
Neusimar Cortez é professora de matemática e dividia o ambiente de trabalho com Arisson. “Muita gente chorou. A gente quer Justiça, porque ele não vai ser só mais um. Ele era uma pessoa de bem”.
O laudo do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) sobe a causa da morte foi entregue à Polícia Civil na última segunda-feira (4), mas não foi divulgado, porque o caso segue em investigação da corporação.
O inquérito que investiga o caso tem prazo de 30 dias, mas pode ser prorrogado. Segundo a Polícia Civil, os investigadores já colheram seis depoimentos.