ESTADO DE DESASSOSSEGO DESLOCA-SE PARA FORTALEZA –
O termo usado no título é bem esse, assim mesmo, com tantos “esses”. A população vive desassossegada, menos sai à noite, os locais são predefinidos, shoppings em geral, logo Natal que prima pelo cenário natural de rara beleza. Fortaleza, também, distingue-se pelo mesmo louvor. Muitos ora questionam por que tais tragédias sequenciadas de excedida violência acontecem e o que podem revelar como indícios de falha societária ou administrativa? De ampla medida, a questão das drogas, também entram fatores educativos, administrativos e de âmbito repressivo. A responsabilização administrativa tanto no âmbito local quanto federal. O governo federal nestes últimos anos negligenciou na fiscalização da entrada de armas e drogas, confessou a própria então candidata petista Dilma Roussef no debate televisivo durante a campanha pela reeleição. Reiterou a presidenta que estava investindo em aviões-drones para a polícia federal, que iria ajudar a combater o problema. Pelo que se viu, parou nessa providência.
      
Só que a situação é monumental, estamos cercados de países-problema, no aspecto de circulação de drogas e precariedade institucional. As nossas forças armadas deveriam receber sólidos investimentos direcionados a essa grave circunstância social e nacional. Exército, Marinha e Aeronáutica, como barreiras – as únicas possíveis – tanto pelas fronteiras, quanto por rios, mares e aeroportos; já se noticiou que drogas foram lançadas de paraquedas aos pacotes na Amazônia. Vivemos uma situação havida, a exemplo da Colômbia, que se pode dimensionar a que estado crítico podemos chegar.
     
A princípio, as grandes capitais eram as afetadas, principalmente Rio e São Paulo, agora mesmo pequenas cidades pacatas do interior de Minas ou do Piauí sofrem por algum tipo de mazela ligada às drogas. A Educação brasileira pode entrar em letargia de formações, o futuro do país comprometido; ações como diminuição da idade penal ou da própria pena escorregam no Congresso Nacional, e o tempo e as tragédias vão desassossegando os cidadãos contribuintes brasileiros em qualquer ponto do país.
Eis a questão que a tantos aperreia agora. Até quando morticínios que ocorrem aos magotes no Rio e em São Paulo, ou que aconteceram há meses no Rio Grande do Norte, e agora em Fortaleza serão notícias ordinárias e triviais para um país aviltado moralmente e de providências?  
Luis SerraProfessor e escritor
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