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O Parlamento da Escócia solicitará nesta terça-feira (28) a Londres a organização de um novo referendo de independência, descontente com a saída da Grã-Bretanha da UE, um cenário que vai testar a solidez do Reino Unido.
Um dia antes da primeira-ministra britânica, Theresa May, notificar oficialmente a saída de Londres da União Europeia, o que tornará a situação praticamente irreversível, a chefe de Governo verá sobre a mesa a demanda de um referendo que já chamou de “inaceitável”, mas que poucos acreditam que poderá impedir.
Sem um artigo na Constituição que o proíba, May não tem praticamente outra opção que tentar adiar o referendo o máximo possível para que não coincida com os dois anos de negociações com Bruxelas sobre os termos do divórcio UE-Reino Unido.
O Partido Nacional Escocês (SNP) da primeira-ministra regional, Nicola Sturgeon, favorável à independência, precisa do apoio dos Verdes para aprovar o pedido, o que é considerado praticamente certo. A votação deve acontecer por volta das 16h GMT (13h de Brasília).
Após a aprovação da demanda de referendo pelo Parlamento escocês, o Parlamento britânico, onde os conservadores de May têm maioria absoluta, deverá se pronunciar a respeito.
No referendo de 2014, a permanência no Reino Unido venceu por 55% a 45%. A votação aconteceu com o compromisso de definir o tema por pelo menos uma geração.
Mas os defensores da independência da Escócia alegam que em seu programa eleitoral constava que no caso de “uma mudança material das circunstâncias” eles solicitariam um novo plebiscito.
A mudança aconteceu com o Brexit. Os escoceses votaram majoritariamente a favor da permanência na UE, mas seu voto se viu diluído a nível nacional. Sturgeon acusa May de não ter levado a Escócia em consideração nos preparativos para as negociações com Bruxelas, ao descartar, por exemplo, a permanência no mercado único europeu.
Fonte: France Presse