
Com corte de subsídios governamentais e com menos água disponível para a geração de energia pelas hidrelétricas espalhadas pelo país, a conta de energia elétrica tende a ser um dos fantasmas do brasileiro ao longo de 2015. Além dos custos com a geração, o Governo Federal determinou, no início desta semana, que todos os gastos previstos com a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) sejam inclusos na cobrança mensal, o que pode onerar a conta até 30%. O percentual é quase o dobro do volume de aumentos acumulados no ano passado. No Rio Grande do Norte, a revisão tarifária pela Cosern ocorrerá em abril, conforme contrato assinado com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Os gastos previstos com a CDE ainda estão sob análise do Governo Federal e, ao longo do dia de ontem, a presidente Dilma Rousseff esteve reunida com ministros e representantes da Aneel para discutir a crise energética brasileira, o encarecimento da geração e o aumento da tarifa cobrada aos consumidores residenciais e industriais. Em todo o país, além do acréscimo anual de cada concessionária, está em vigor, desde 1º de janeiro, a cobrança de uma tarifa extra com base em bandeiras tarifárias, que podem chegar a R$ 3,00 a cada 100kWh consumidos além da média do ano anterior. No estado, o impacto financeiro desta forma de cobrança dos custos extras ainda é desconhecido pela Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern).
Conforme dados da Companhia, o consumo médio mensal de energia elétrica nas residências potiguares é de 146kWh. Nas indústrias, o volume é 232,8 vezes maior, chegando a 34 mil kWh/mês. Tentando conter a elevação dos gastos com as faturas de energia, empresários do Rio Grande do Norte buscam medidas alternativas, que não são baratas.