Operação feita nos pavilhões 1, 2 e 3 de Alcaçuz fez recontagem de presos e revista  (Foto: G1/RN)

Mais de 600 armas artesanais – como machados, facões e lanças feitas com barras e chapas de ferro arrancadas de celas – além de aparelhos celulares e algumas porções de drogas foram apreendidos durante a ação de retomada dos pavilhões 1, 2 e 3 de Alcaçuz, que aconteceu ao longo da manhã e tarde dessa quarta-feira (1º). Foi em Alcaçuz, maior presídio do Rio Grande do Norte, onde pelos menos 26 detentos foram mortos durante confrontos envolvendo membros de duas facções criminosas.

O Portal G1 teve acesso a vídeos que mostram o material apreendido e parte do trabalho realizado pelos agentes penitenciários do Grupo de Operações Especiais (GOE) – unidade de elite da Secretaria de Justiça e da Cidadania (Sejuc). Pelas imagens é possível ver agentes fazendo a recontagem de detentos e os presos sendo trancafiados em um dos pavilhões. Segundo Leonardo Alves, diretor do GOE, a  operação feita nessa quarta foi uma determinação do secretário da Sejuc. “Cumprimos com sucesso nossa missão”, disse o agente.

Durante o motim, que aconteceu entre os dias 14 e 27 de janeiro, os presos circularam livremente dentro da penitenciária. Muitos subiram nos telhados e fizeram uso de telefones celulares a céu aberto. Alcaçuz tem 11 torres de bloqueadores de sinal de celular, mas boa parte delas foi danificada.

Titular da Sejuc, Wallber Virgolino disse que agora Alcaçuz está totalmente dominada. “Retomamos o controle da penitenciária. No pavilhão 5, o primeiro onde fizemos a intervenção, os presos já estão novamente atrás das grades. Algumas celas ainda precisam de reformas, mas todos os internos estão encarcerados”, ressaltou. “No pavilhão 4, que foi invadido pelos presos do pavilhão 5, não há mais nenhum preso”, acrescentou.

Já nos pavilhões 1, 2 e 3 (que passaram por revistas nesta quarta), Virgolino disse que as celas ainda estão sem grades, e que este serviço de reforma será realizado já nos próximos dias, mas garantiu que todos os detentos estão trancafiados dentro dos pavilhões. “Não saem mais”, afirmou.

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