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A derrota do Partido dos Trabalhadores nas urnas acendeu um sinal de alerta para 2018. Nas capitais do país, o PT reelegeu apenas o prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre. No próximo 30 de outubro, data do segundo turno, apenas João Paulo (PT) concorre à Prefeitura do Recife. No quadro geral, o PT deixou de comandar 630 prefeituras para ter 231, queda de 63,3%.

O resultado seria fruto de insatisfação, por parte dos eleitores, com o desempenho do PT na esfera federal, acredita o professor de teoria política da Unesp Marco Aurélio Nogueira. “Isso repercutiu no âmbito municipal e respingou até em quem não estava envolvido em casos como a Lava-Jato”, afirmou. Para o professor, se ausência do partido fosse em poucas capitais, poderia ser justificada como um “acidente de percurso”. “Mas o PT não está presente nas principais capitais. É um fenômeno nacional”, disse.

Em artigo, o ex-ministro da Justiça no governo Lula e ex-governador gaúcho Tarso Genro avaliou que o baixo número de candidatos eleitos é fruto de continuidade da política de resistência contra o impeachment de Dilma Rousseff. Segundo ele, os políticos não teriam aproveitado o momento para fazer das eleições um recomeço. “O PT teve muitas candidaturas dignas e autênticas, como as de Raul Pont (em Porto Alegre) e de Fernando Haddad (em São Paulo), mas, em regra, teve um desempenho pífio ou se dissolveu em alianças regionais de conveniência”, disse ele.

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