Eike Batista, empresário: Multas foram aplicadas ao ex-bilionário por informar mal ao mercado

Pouco mais de um ano e meio após o estopim da crise do grupo X, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aplicou ontem R$ 1,4 milhão em multas ao empresário Eike Batista e mais R$ 1,8 milhão a outros cinco ex-diretores e conselheiros do conglomerado, somando R$ 3,2 milhões. A maratona de cinco julgamentos levou cerca de sete horas e lotou o auditório da sede do órgão, no Rio.

O regulador do mercado de capitais deu seu veredito em processos administrativos que apuravam irregularidades na divulgação de informações aos investidores de OGX, MPX, LLX e CCX. O gatilho para os questionamentos da CVM foi, em todos os casos, o vazamento de informações, com a publicação de notícias em sites e jornais antecipando negociações em curso. A consequência quase sempre era a alta ou queda atípica dos papéis das empresas na bolsa.

Além de Eike, foram multados José Gustavo de Souza Costa, ex-presidente e diretor de Relações com Investidores da CCX (R$ 800 mil); Roberto Monteiro, ex-diretor de Relações com Investidores da OGX (R$ 400 mil); Aziz Ben Ammar, ex-conselheiro da OGX (R$ 200 mil); José Roberto Faveret, ex-diretor jurídico da OGX (R$ 200 mil); e Otavio Lazcano, ex-diretor de RI da LLX (R$ 200 mil).

O ex-diretor financeiro da CCX, Leonardo Gadelha, e os ex-conselheiros Eduardo Karrer e Ben Ammar, receberam advertência pela falta de fato relevante relatando estudos para a realização do cancelamento do registro da companhia em 2013. Karrer e Gadelha foram os únicos a comparecer ao julgamento.

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