No último mês de maio, o indicador regional de inadimplência do consumidor calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) registrou crescimento na quantidade de dívidas atrasadas em todas as regiões brasileiras. As regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste apresentaram crescimentos mais expressivos – de 7,81%, 7,03% e 6,86% respectivamente – se comparados à média nacional (6,70%), na base anual de comparação, ou seja, frente à maio do ano passado. Já as regiões Sudeste (6,09%) e Sul (6,06%) registraram percentuais menos elevados no crescimento de dividas não pagas.

A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, explica que o fato de as cinco regiões apresentarem crescimento no volume de dívidas não pagas corrobora a desaceleração da atividade econômica do país em conjunto com a piora dos indicadores macroeconômicos, o que reflete na capacidade de pagamento dos consumidores. “Fatores como a alta dos preços, o aumento do desemprego e as taxas de juros em patamares elevados devem apertar ainda mais o orçamento dos consumidores e manter as variações da inadimplência positivas até o fim do ano”, afirma a economista.

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