Na reta final da batalha na Câmara contra o impeachment, a presidente Dilma Rousseff vai dedicar os próximos dias a receber apoio e fazer “corpo a corpo” com os parlamentares para convencê-los a manter seu mandato e propor uma “nova coalizão”.

Hoje (15), ela recebe o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos, Luis Almagro, que nos últimos dias tem se posicionado contra o impeachment e dito que não há fundamento para tal. No Twitter, Almagro disse que virá ao Brasil para “reiterar apoio à institucionalidade e respeito à Constituição”.

Na manhã de sábado, Dilma participa de ato promovido pela Frente Brasil Popular contra o processo que tramita na Câmara. O evento, denominado Ato com Movimentos Sociais pela Democracia, vai reunir entidades que estão em Brasília, como a Central Única dos Trabalhadores, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra, União Nacional dos Estudantes e Central dos Trabalhadores Brasileiros. O encontro será uma forma de agradecer a presença de militantes de outras partes do Brasil e animá-los para os “três dias de batalha” que se seguirão, nas palavras de um dos organizadores do evento.

Segundo os movimentos, milhares de pessoas já estão acampadas próximo à região central da capital federal, assim como os integrantes de movimentos pró-impeachment, em outra localidade da cidade. A partir desta sexta (14), as manifestações de um e de outro lado vão se intensificar, o que vai inviabilizar desde cedo o trânsito de toda a Esplanada dos Ministérios.

Um encontro da presidente com governadores da base aliada que são contra o impeachment também pode ocorrer nos próximos dias.

Funcionários do governo estão convocados para trabalhar durante todo o fim de semana no monitoramento das discussões e da votação no plenário. No domingo, Dilma permanecerá no Palácio da Alvorada, residência oficial, acompanhando a votação. Integrantes da articulação política, porém, devem permanecer no Planalto em contato com as lideranças do governo do Congresso.

*Com informações da Agência do Brasil

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