A revista The Lancet, uma das mais prestigiadas da medicina, publicou um estudo mostrando que dietas que privilegiam o consumo de carne em detrimento dos carboidratos reduzem a expectativa de vida.

Os resultados dos estudos colocam em xeque as chamadas dietas paleo, tendência principalmente na Europa e na América do Norte, o método propõe evitar os carboidratos em benefício das proteínas e gorduras animais.

De acordo com os pesquisadores, pessoas de meia-idade são as que correm mais riscos. Nesta faixa etária, é comum obter quase metade das calorias diárias por meio dos carboidratos, o que incentiva o aumento da longevidade.

A The Lancet classifica como pouco carboidrato quando a alimentação abrange menos de 40% do total de energia. Por outro lado, é preciso ter equilíbrio, já que uma dieta com mais de 70% de carboidratos, como arroz e massas, pode contribuir para a redução da expectativa de vida.

“As dietas com poucos carboidratos que os substituem por proteínas ou gorduras são cada vez mais populares como estratégia saudável ou de perda de peso”, aponta a  coordenadora do estudo, Sara Seidelmann, pesquisadora no Brigham and Women’s Hospital de Boston.

Foram analisados históricos médicos de 15.500 pessoas, entre 45 e 64 anos de idade. Homens e mulheres que tiram 50% de suas calorias de carboidratos, viveram quatro anos a mais. As pesquisas sobre saúde foram iniciadas no final da década de 1980. Especificamente ao longo de 1987 e 1989, em pontos distintos dos Estados Unidos.

Os praticantes das ‘dietas paleolíticas’ explicam que a mudança rápida, há 10.000 anos com o surgimento da agricultura, dos grãos, dos laticínios e dos legumes, não permitiu o desenvolvimento suficiente ao corpo humano para adaptar-se a estes alimentos ricos em carboidratos.

Como o nome já diz, a dieta paleolítica é inspirada nos modos adotados pelos ancestrais. Ela é composta por alimentos de caça, pesca e oriundos da plantação, além de privilegiar carnes, ovos e gorduras de óleo de coco e azeite.

 

Fonte: Hypeness.com

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