DIA ENFADONHO –
Domingo amanhecido,quase adiantado nas horas matinais ,onde o tempo vai passando lento sob um dia chuvoso,quase triste…
Estou me sentindo aprisionado entre prédios indevidos que teimam em crescer ao redor no meio a barulho infernal de máquinas, furadeiras, martelos, gritos apressados de pessoas a trabalhar pesado para fazer moradias pra cima e pro alto,quiçá seja caminho do céu…
Nessas horas preguiçosas de um domingo assim,escuto o bater ritmado do relógio na parede da cozinha sentindo falta do cantar de passarinhos a habitar nas árvores que foram derrubadas para em seu lugar levantarem espigões de estéticas horrorosas, muito embora o marketing façam parecer o paraíso aqui na Terra e se você duvidar te convencem que és o Adão sem o pecado original
A essa altura onde o espigão vai subindo já não consigo visualizar as dunas que antes avistava. Foi tirado essa visão e por tabela o meu direito de imaginar o que vem depois, no caso o mar,mar que antes me dava o direito de sonhar nadando,nadando em braçadas de saudades rumo a mãe África onde tudo começou…
“A POESIA SERVE SIM”
“As mangueiras tão de luto
E as mangas de sentimento
Derrubaram um pé de manga
Pra fazer um apartamento
Um pé de manga,um pé de cupuaçu
Pé de jaca,pé de coco
E um lindo pé de caju
Como é que pode tamanho descabimento
Derrubar um pé de manga
Pra fazer um apartamento “
José Alberto Maciel Oliveira – Representante comercial aposentado
