Este título trata-se de uma música do MPB4, o melhor vocal masculino do Brasil, que ainda hoje faz sucesso, mesmo com a substituição de dois componentes que, há anos, faleceram (Magro e Ruy).
A formação do grupo MPB4 ocorreu em meados de 1964, quando Aquiles, Magro, Ruy e Miltinho integravam o Centro Popular de Cultura, afiliado à União Nacional dos Estudantes – UNE. Magro e Miltinho eram estudantes do 3.º ano de Engenharia da Universidade Federal Fluminense – UFF. Ambos tinham formação musical iniciada desde criança. Miltinho aprendeu violão na adolescência, com o instrumentista, Jodacil Damasceno, e Magro havia participado da Sociedade Musical Patápio Silva, além de ter aprendido teoria musical com Eumir Deodato e Isaac Karabtchevsky.
O quarteto MPB4 acompanhou Chico Buarque de Holanda, durante dez anos.
Ruy tinha acabado de se graduar em Direito pela mesma universidade e era escriturário da antiga agência do Instituto de Assistência e Previdência Social – IAPS. Ao mesmo tempo, trabalhava na noite carioca em dois grupos vocais e tinha sido “crooner” em Santo Antônio de Pádua, Rio de Janeiro.
Aquiles era estudante secundarista e participava do coral de uma escola estadual de Niterói. De família católica, aos 17 anos, resolveu seguir carreira musical com os outros três integrantes.
Em 1965, os quatro rapazes do MPB4 resolveram ser músicos profissionais e viajaram para São Paulo. Já tinham gravado o compacto simples “Samba Bem”, em 1964, pelo selo Elenco. No início, os componentes do MPB4 passaram por dificuldades, pois já haviam trilhado carreiras promissoras na época e seus familiares lamentaram a decisão tomada, embora não tenham enfrentado tamanhas resistências. Além disso, Aquiles era menor de idade e seu pai desejava emancipá-lo. Entretanto, tal procedimento era demorado e Ruy Faria tornou-se seu tutor. A passagem da adolescência para a vida adulta foi abrupta para Aquiles, segundo o relato de Ruy Faria, pois foi comparada à troca da Coca-Cola por cerveja.
Cada um dos integrantes tinha um gosto musical diferenciado, embora todos tivessem sido influenciados pelo grupo vocal Os Cariocas. Miltinho, desde a adolescência, curtia música americana e Bossa-nova com os grupos Os Cariocas e Tamba Trio. Aquiles, ao mesmo tempo que tinha preferência pelo Trio Irakitan, era fã de Elvis Presley.
Chegando a São Paulo, entraram em contato com artistas recém-lançados na época, como Chico Buarque.
A parceria com Chico Buarque se iniciou nessa viagem e durou aproximadamente dez anos. Durante esse período, o MPB4 firmou sua musicalidade e acompanhava Chico Buarque em suas apresentações, como um verdadeiro escudeiro musical, com boas interpretações das composições de Chico, que chegou a ser considerado o “quinto integrante de um quarteto”. Um dos maiores destaques nessa década foram as músicas “Quem te viu, quem te vê” e “Roda Viva”, ambas de 1967. Além disso, ganharam espaço também nos famosos festivais de música, produzidos pela Rede Record.
Ruy tinha acabado de se graduar em Direito pela mesma universidade e era escriturário da antiga agência do Instituto de Assistência e Previdência Social – IAPS. Ao mesmo tempo, trabalhava na noite carioca em dois grupos vocais e tinha sido “crooner” em Santo Antônio de Pádua, Rio de Janeiro.
Aquiles era estudante secundarista e participava do coral de uma escola estadual de Niterói. De família católica, aos 17 anos, resolveu seguir carreira musical com os outros três integrantes.
Cada um dos integrantes tinha um gosto musical diferenciado, embora eles tivessem sido influenciados pelo grupo vocal, Os Cariocas. Miltinho, desde a adolescência, curtia música americana e Bossa-nova, com os grupos Os Cariocas e Tamba Trio. Aquiles, ao mesmo tempo que tinha preferência pelo Trio Irakitan, era fã de Elvis Presley.
Em 1965, os quatro rapazes do MPB4 resolveram ser músicos profissionais e viajaram para São Paulo. Já tinham gravado o compacto simples “Samba Bem”, em 1964, pelo selo Elenco. No início, os componentes do MPB4 passaram por dificuldades, pois já haviam trilhado carreiras promissoras na época e seus familiares lamentaram a decisão tomada, embora não tenham enfrentado tamanhas resistências. Além disso, Aquiles era menor de idade e seu pai desejava emancipá-lo. Entretanto, tal procedimento era demorado e Ruy Faria tornou-se seu tutor. A passagem da adolescência para a vida adulta foi abrupta para Aquiles, segundo o relato de Ruy Faria, pois foi comparada à troca da Coca-Cola por cerveja.
Chegando em São Paulo, entraram em contato com artistas recém-lançados na época, como Chico Buarque.
Em 1966, foi lançado o primeiro LP do grupo, com o título “MPB4”. O destaque foi para as músicas “Lamento” e “Teresa Tristeza”. Em 1967, foi lançado outro trabalho, com as músicas “Quem te viu, quem te vê”, “Brincadeira de Angola”, “Cordão da Saideira” e “Gabriela”, que ficou em 6º lugar no III Festival da Música Popular da Rede Record.
A parceria do MPB4 com Chico Buarque se iniciou nesse encontro em São Paulo e durou, aproximadamente, dez anos. Durante esse período, o MPB4 firmou sua musicalidade e acompanhava Chico Buarque em suas apresentações, como um verdadeiro escudeiro musical, com boas interpretações das composições de Chico, que chegou a ser considerado o “quinto integrante de um quarteto”. Um dos maiores destaques nessa década são as músicas “Quem te viu, quem te vê” e “Roda Viva”, ambas de 1967. Além disso, ganharam espaço também nos famosos festivais de música, produzidos pela Rede Record.
Minha primeira paixão musical foi por Chico Buarque de Holanda e os seus fiéis escudeiros, os rapazes que formavam o quarteto MPB4 (1964), até hoje, na minha humilde opinião, o melhor vocal masculino do Brasil.
Em 1973, fomos, eu e Eros, assistir a um show de Chico Buarque em Recife, acompanhado pelo MPB4, no Teatro Santa Isabel. Viajamos na sexta à noite, de ônibus-leite, e o show seria no sábado. Compramos as entradas no câmbio negro, pois a lotação estava esgotada. Ficamos hospedados no Hotel Nassau, e essa viagem para mim e Eros foi inesquecível. Éramos recém-casados. Foi o sonho das mil e uma noites!!! A partir de então, nos tornamos fãs de Chico Buarque e do MPB4.
Hoje, decorridos tantos anos, e viúva, relembro essa viagem e esse Show, como se tivessem sido um sonho lindo que eu tive em minha vida.
Já assisti a outros Shows de Chico e do MPB4, mas a emoção do primeiro show é inesquecível!
