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O déficit das contas externas do Brasil deve fechar 2016 em torno de 1% do produto interno bruto (PIB), que é soma de todas as riquezas produzidas pelo Brasil. O resultado, que consta em levantamento divulgado ontem (3) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), está em nível inferior à média histórica do país, que é de 1,8% do PIB.

De acordo com a Carta de Conjuntura, documento produzido pelo Ipea que avalia dados econômicos divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as contas externas brasileiras “permanecem em uma trajetória de ajuste, com expressiva redução do déficit em transações correntes”.

No acumulado do ano até setembro, o déficit ficou em US$ 13,6 bilhões, redução superior a 70% na comparação ao número do mesmo período de 2015 (US$ 49,214 bilhões). “Na verdade, não é exagero afirmar que o país já ‘completou’ o ajuste de suas contas externas, no sentido em que o déficit em transações correntes já atingiu nível inferior à sua média histórica”, diz o autor do estudo, o técnico de planejamento e pesquisa do Ipea Fernando Ribeiro.

Segundo Ribeiro, a queda do déficit pode ser explicada, principalmente, pelo aumento do superavit comercial. “Com efeito, a balança comercial brasileira vem registrando, desde o final de 2015, superavits comerciais bastante robustos, da ordem de US$ 3 bilhões a US$ 5 bilhões ao mês, e, no acumulado de janeiro a outubro, o superavit alcançou US$ 38,5 bilhões, três vezes mais que o número dos primeiros dez meses de 2015”, diz trecho do levantamento

A queda “extraordinária” das importações, segundo o Ipea, é um dos fatores para a melhoria da balança comercial. “Os dados dessazonalizados mais recentes sugerem, contudo, que está havendo certa estabilização das importações e uma nova queda nas exportações, levando à redução dos saldos comerciais. Desta forma, em termos anualizados, o saldo dessazonalizado alcançou um pico histórico de cerca de US$ 60 bilhões em maio último, recuando nos últimos meses para valores mais próximos de US$ 40 bilhões”, pondera Ribeiro no levantamento.

*Com informações da Agência do Brasil

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