Mesmo após o relator Marcos Rogério (DEM-RO) ter recomendado a cassação de mandato no Conselho de Ética, o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltou a afirmar ontem (1º) que não mentiu durante depoimento que prestou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, quando disse que não tinha contas no exterior.
“O relator fez a sua pirotecnia buscando os cinco minutos de holofote. Reitero que não menti à CPI, não sou titular de conta no exterior e isso ficou comprovado na instrução do processo no conselho. Logo, confio na absolvição seja no Conselho de Ética, seja do Plenário da Câmara dos Deputados”, disse Cunha à Agência Brasil, após a leitura do parecer que pede a cassação do mandato dele.
O deputado afastado Eduardo Cunha disse que, embora, ainda não tinha lido o relatório de Rogério, o documento tem “diversos absurdos”. Cunha espera que o parecer seja rejeitado pelo Conselho de Ética. Segundo ele, se o parecer não for derrotado, irá recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.
Cunha responde a processo disciplinar no Conselho de Ética da Câmara por suposta quebra de decoro parlamentar. O processo foi aberto em função de representação feita pelo PSOL e pela Rede após Cunha ter dito em depoimento na CPI da Petrobras que não era titular de contas no exterior.
*Com informações da Agência do Brasil
