COVID-19: TRATAMENTO PRECOCE X TRATAMENTO EXPECTANTE –

​Estamos assistindo um bombardeio de informações desencontradas durante a pandemia que não leva a nenhuma contribuição ao povo brasileiro. Já dizia o grandioso folclorista potiguar, Luiz da Câmara Cascudo: “O melhor do Brasil é o brasileiro”. O brasileiro é criativo com uma alta taxa de superação em todas as áreas de atuação.

​Surge, em todo nosso país, uma doença viral que tornou-se pandêmica no mundo, iniciando na Ásia(China) e avançou para todos os continentes: A SARSCOV-2 doença nova, altamente transmissível, traiçoeira e de alta letalidade.

​A medicina moderna, baseada em evidências científicas foi pega de surpresa. Não haviam trabalhos científicos conclusivos, sobre as eficácias dos medicamentos contra o COVID-19; exceto que a doença apresenta três fases distintas:

​Fase 1: Replicação ou multiplicação viral;

​Fase 2: Inflamação de moderada/grave;

​Fase 3: Estado crítico em UTI com complicações severas ou até óbitos.

​Na Fase 1 em 80% dos pacientes era como uma “gripezinha” mas que poderia regredir, com, sem ou apesar dos tratamentos com sintomáticos. A evolução para a fase inflamatória poderia acontecer rapidamente, em 24 a 48 horase entrar, catastroficamente, na fase 2/3 pois torna-se uma doença sistêmica que ataca os rins, fígado, intestinos, coração, pulmões e sistema neurológico e vasos sanguíneos(trombose), levando a falência múltipla de órgãos e consequentemente ao óbito.

​A Arte da medicina, com mais de 2000 anos de existência, como profissão, sempre foi baseada em evidências clínicas. Para isso inclui a relação médico-paciente, empatia, anamnese, exame físico, observação, intuição(olho clínico), experiência clínica, aromas, ambiente e espiritualidade.

​Na ausência de trabalhos científicos comprobatórios de evidência científica, dá ao médico, o livre arbítrio, de acordo com seus conhecimentos discutir, sugerir, prescrever medicações promissoras e já testadas anteriormente em doenças virais e inflamatórias, desde que o paciente ou responsável legal, em sua lucidez mental ofereça o consentimento esclarecido, demonstrando uma boa relação médico-paciente.

​A polêmica atual é sobre o uso preventivo e terapêutico da Ivermectina e da Hidroxicloroquina, sobretudo na Fase 1 da doença, uma vez que as fases graves e críticas as complicações são determinadas, principalmente, por uma tempestade de inflamações(citocinas) e tromboses vasculares.

​Estas medicações, Ivermectina, Hidroxicloroquina e Azitromicina nunca foram estudadas na SarsCov-2, pois trata-se de uma doença nova(menos de 1 ano de surgimento). Estudos científicos randomizados, com duplo cego terão que cumprir várias fases:

​- “in vitro”;

​- Em cobaias;

​- Em pequeno número de humanos;

​- Em um grupo representativo de humanos;

​- Em um grande grupo de humanos.

​Após se observar as evidências de bons resultados serão aprovados por órgãos reguladores(Anvisa/BR, FDA/USA, etc) e com a comercialização teremos mais uma avaliação chamada de ESTUDO MULTICÊNTRICO.

​Assim sendo, um estudo científico pode demorar, no mínimo, 02(dois) anos para ser concluído.

​No meio de uma pandemia fica difícil que um médico, que tem um princípio básico de buscar caminhos para salvar vidas, mesmo tendo que utilizar medicações “off label”, ou seja, que não tem nas suas bulas que são eficazes para o COVID-19.

​Não podemos ignorar que a Ivermectina, Hidroxicloroquina e Azitromicina tem ação anti-virais, diminuindo a replicação de vírus e com isso a carga viral, sobretudo na fase 1 da doença, determinando que a doença seja minimizada de grau leve/moderada, evitando muitas hospitalizações. Por outro lado, existem evidências científicas que a Ivermectina é absorvida pelo intestino e passa 28h no sangue, se depositando nas células adiposas(gordurosas) e vai sendo eliminada por difusão para metabolização hepática e elimina seus metabólitos pela vesícula biliar e finalmente pelas fezes, por 12 dias. Essa seria a vida média da Ivermectina no organismo humano.

​Estudos comprovam que a Hidroxicloroquina tem vida média, no organismo humano, de 07(sete) a 10(dez) dias dependendo da dose administrada.

​A Azitromicina é um macrolídeo que apresenta vida média de 07(sete) dias após a última tomada, ou seja, 05 dias + 07 de metabolização – 12(doze) dias.

​Vamos ao cerne da questão.

​Não prescrever: Por não existir trabalhos científicos – Ciência – é um direito do médico no exercício da medicina científica. A Arte fica como tecnologia dependente.

​Prescrever: Pois temos comprovações que as drogas tem atividades antivirais, são de baixa toxicidade, podem evitar um grande número de hospitalizações(forma grave) e conseqüentemente uma redução do número de óbitos.

​Essas observações estão imensamente comprovadas em vários serviços e cidades do Brasil. O uso da Ivermectina e/ou da Hidroxicloroquina tem seu uso preconizado na prevenção da SARS COV2, de acordo com a prescrição do Médico Assistente, em vários países ao redor do mundo, inclusive para Profissionais de Saúde que estão na linha de frente no combate da Covid-19, de acordo com o atual Código de Ética Médica do Brasil e da Carta de Helsinki de 1962.​

​Hoje somos o segundo país do mundo no ranking dos contaminados e primeiro lugar no ranking dos recuperados.

 

 

 

Pedro Cavalcantimédico

 

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores

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