O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sinalizou nesta terça-feira (6) que pode reduzir, de maneira “moderada”, o ritmo do corte na taxa básica de juros da economia, a Selic, a partir da sua próxima reunião, que acontece em julho.

A sinalização está na ata da mais recente reunião do Copom, que aconteceu na semana passada, quando o comitê decidiu cortar a Selic em um ponto percentual, de 11,25% para 10,25% ao ano. Foi o sexto corte seguido na taxa.

No documento, o Copom aponta que a expectativa de redução no ritmo de corte da Selic está associada ao aumento das incertezas em relação à aprovação das reformas, entre elas a trabalhista e a previdenciária, e o impacto dessa incerteza na retomada do crescimento econômico e nas projeções para a inflação.

Essas incertezas, diz a ata, “dificulta a queda mais célere das estimativas da taxa de juros estrutural e as torna mais incertas.”

Apesar de o documento não citar, o aumento das incertezas sobre a aprovação das reformas é reflexo da crise política provocada pelas denúncias de executivos da JBS e que envolvem diretamente o presidente Michel Temer.

O Copom afirmou ainda que dados recentes reafirmam o cenário de estabilização e perspectiva de retomada gradual da economia, mas ponderou que a manutenção por tempo prolongado das incertezas sobre a velocidade do processo de reformas e ajustes na economia pode ter impacto negativo sobre a atividade econômica.

O comitê reduziu a previsão de inflação para 2017 de 4,1% para 4%, mas elevou a estimativa de 2018 de 4,5% para 4,6% e destacou que “neste momento, as projeções condicionais do Copom envolvem maior grau de incerteza.”

*Com informações do G1

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