Mesmo com o aumento da renda média do brasileiro e do crescimento da classe C, que já soma 54% da população, o consumidor está mais cauteloso na hora de comprar. Resultados da pesquisa “O Observador 2012” apontam que em todas as classes econômicas a intenção de compra para 2012 diminuiu perante o ano anterior. O estudo foi realizado pelo instituto Ipsos Public Affairs, a pedido da Cetelem BGN, empresa de oferta de crédito ao consumo pertencente ao grupo BNP Paribas.

De acordo com o estudo, é notória a queda no interesse em adquirir carros e computadores neste ano. Nas classes AB, sofreram redução expressiva todas ascategorias analisadas: lazer/viagem, móveis, eletrodomésticos, carro, decoração, telefone celular e propriedades.

A classe C também pretende gastar menos neste ano. Em 2010, 24% dos entrevistados pretendiam adquirir telefone celular no ano seguinte, contra 19% em 2011; 22% tinham intenção de comprar computador para casa, contra 19% no ano passado. O mesmo movimento de retração aconteceu em móveis (-8%), eletrodomésticos (-4%), carro (-3%) e decoração (-6%). Nas categorias TV, Hi-Fi e Vídeo, moto e propriedades, a pretensão de consumo se manteve estável.

Já a classe D foi a única que mostrou intenção em adquirir propriedades. Enquanto em 2010 6% dos entrevistados afirmaram que certamente comprariam imóveis, no ano passado o número passou para 9%. “O estudo mostra que há cautela. Vimos que a população está consumindo, mas de maneira estável. Não significa que o consumo irá reduzir, mas o resultado indica que talvez o consumidor não compre tudo o que gostaria em 2012”, aponta Miltonleise Carreiro, vice-presidente comercial e de marketing da Cetelem.

O estudo também aponta que o brasileiro está menos otimista. Pela primeira vez, desde 2005, primeiro ano da realização da pesquisa, houve queda na nota de avaliação geral do Brasil de 0,6% frente a 2010. A queda foi constante em todas as classes e regiões. A menor média foi constatada na região Sudeste (6.1). A região Sul registrou a maior nota, mas também foi onde a avaliação caiu mais: de 7.3 para 6.5. “Ainda não se pode dizer que o brasileiro está pessimista. Ele continua sendo o mais otimista comparado a outros países onde a pesquisa é feita”, ressalta Carreiro. Entre as nações, a avaliação é realizada na Alemanha, Rússia e Inglaterra.

Fonte: Revista Propmark

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