CONSULTORIA FISCAL E TRIBUTÁRIA

NA FINLÂNDIA É DIFERENTE –

Enquanto no Brasil o desemprego ultrapassa a marca de 11 milhões, tendo como causa e consequência – num verdadeiro movimento espiral – a queda da produção e do consumo, na pequena Finlândia, de menos de 5 milhões de habitantes, a coisa é bem diferente.

Pois as centrais sindicais e o governo acabam de assinar um histórico “pacto de competitividade”, em razão do qual 100 por cento dos funcionários públicos e 86 por cento do setor privado aceitam trabalhar mais sem ganhar mais.

Para recuperar a economia do país, o que implicará numa diminuição de 4 por cento do custo da produção, em contrapartida ao que o governo desistirá de algumas medidas de austeridade. Como o aumento de impostos e o corte de 1 bilhão e meio de euros de gastos públicos, de que resultariam em redução de benefícios sociais e aumento de desemprego.

Dir-se-á que ali há tradição de acordos, mas este de agora foi o mais duro de toda a história. Mesmo assim não deixou de contar a adesão das três centrais sindicais que aceitaram o congelamento dos salários e o aumento de jornada de trabalho em 24 horas por ano sem direito a adicional.

Haverá ainda corte de 30 por cento no pagamento de adicional de feriados por funcionários públicos e aumento de 2 por centro na contribuição social dos empregados.

Tudo isso em nome não apenas da recuperação econômica do país como também em face do temor de saída do Reino Unido da União Européia, ao prolongamento da recessão na Rússia e a outros riscos. Mas no Brasil não faltarão os muitos que dirão que lá é diferente.

Alcimar de Almeida Silva, Advogado, Economista Consultor Fiscal e Tributário.

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