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O Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte (Cremern) realizou, nessa segunda-feira (11), uma fiscalização no Hospital Pediátrico Maria Alice Fernandes, em Natal. A ação foi motivada pelo bloqueio de cinco leitos da UTI Neonatal e dois da UTI Pediátrica, causados pela falta de insumos e medicamentos essenciais.
A comitiva do Departamento de Fiscalização do Cremern, liderada pelo presidente Marcos Jácome, foi recebida pela diretora do hospital, Suyame Furtado Ricarte.
Durante a vistoria, foi constatado que alguns materiais chegaram nesta segunda-feira (11), mas em quantidade insuficiente para reabrir metade dos leitos da UTI Neonatal, que permanecem bloqueados desde a semana passada.
O hospital enfrenta falta de itens básicos, como medicação, tubos para ventilação mecânica e acesso venoso. Funcionários relataram que, em alguns casos, até luvas de procedimentos precisaram ser adquiridas pelos próprios profissionais.
A UTI Neonatal atende bebês em estado grave, com até 28 dias de vida. Já a UTI Pediátrica possui oito leitos ocupados e dois bloqueados, também por falta de insumos e recursos humanos.
Segundo o Cremern, o bloqueio dos leitos representa uma ameaça grave à assistência de saúde para crianças e recém-nascidos, principalmente em um momento em que a demanda por atendimento é constante.
“Na área de terapia intensiva pediátrica e neonatal, há uma deficiência histórica e generalizada no número de leitos ofertados, especialmente diante da grande e contínua demanda. Infelizmente, a indisponibilidade desses leitos em pleno funcionamento pode, potencialmente, resultar em óbitos evitáveis entre crianças e recém-nascidos. É fundamental que haja uma ação imediata por parte da gestão pública para reverter”, afirmou o presidente do conselho, Marcos Jácome.
O Cremern anunciou que irá acionar a Justiça para garantir que as providências necessárias sejam tomadas e que o funcionamento integral das unidades seja restabelecido.
A diretora do hospital, Suyame Furtado, afirmou que as ordens de compra foram enviadas aos fornecedores e que a unidade aguarda o recebimento dos materiais para a reabertura dos leitos bloqueados.
Fonte: G1RN