Homem atingido por disparo das Forças de Segurança de Israel é socorrido na Fronteira com a Faixa Gaza  (Foto: Mohammed Salem/ Reuters)

Forças de segurança israelenses entraram em confronto com manifestantes palestinos perto da Faixa de Gaza e em Belém (na Cisjordânia ocupada) nesta sexta-feira (8). Um homem morreu perto da Faixa Gaza, de acordo com o Ministério da Saúde Palestino, citado pela France Presse. O ministério chegou a anunciar a morte de um segundo homem, mas depois se retratou.

Chamada de Dia da Raiva, esta sexta marca o início dos três dias de protestos convocados pelo Hamas, movimento islâmico com atuação política e um braço armado, em protesto contra a decisão do governo Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como capital de Israel.

Centenas de manifestantes estavam queimando pneus e jogando pedras contra soldados israelenses que estavam na fronteira com Gaza, quando as forças de segurança reagiram. “Durante os confrontos, as forças de segurança atiraram seletivamente contra os dois principais instigadores da manifestação e eles foram atingidos”, segundo relato do exército divulgado pela agência Reuters.

A morte de Mahmud al Masri, de 30 anos, só foi confirmada pelo governo palestino, de acordo com a agência Efe.

Apesar da tensão, Jerusalém não teve confrontos. Porém, em Belém (na Cisjordânia ocupada) e nas proximidades da Faixa de Gaza, palestinos entraram em confronto com as forças de Segurança.

Tumultos também foram registrados em em Ramallah (onde fica a sede da Autoridade Palestina), Beit El e Nablus. Israel reforçou a segurança em Jerusalém nesta sexta-feira, tradicional dia de oração na Esplanada das Mesquitas, mas na cidade sagrada para os muçulmanos, judeus e católicos, não houve registro de confrontos.

Ismail Haniyeh, eleito líder geral do grupo em maio, pediu que palestinos, muçulmanos e árabes se manifestem contra a decisão dos Estados Unidos. “Deixem 8 de dezembro ser o primeiro dia da intifada contra o ocupante”, disse Haniyeh, que chamou esta sexta de “dia da raiva”. Neste, que é o 1º dos “três dias de fúria”, foram registrados protestos em vários países.

Após o apelo feito pelo Hamas, que recebeu o apoio do grupo xiita libanês Hezbollah, confrontos de manifestantes contra tropas israelenses foram registrados em Ramallah (onde fica a sede da Autoridade Palestina) e Belém, também situada na Cisjordânia ocupada. O exército israelense anunciou, por sua vez, o reforço da segurança na Cisjordânia. Também houve protestos em Jerusalém.

Os confrontos deixaram ao menos 22 feridos, de acordo com o jornal israelense “Haaretz”. Já a CNN afirma que 49 pessoas se feriram nos tumultos.

Fonte: G1

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