Dois grandes incêndios estão assolando Israel e o território palestino. No Estado judeu, devido a onda de calor, face aos ventos que estão vindo do deserto árabe aumentando a temperatura local em mais 15º C, como se sabe a vegetação nesta época do ano é bastante seca, contribuindo em muito para a propagação fogo. Dos quase 100 focos de incêndios, dois são bastante perigosos e Israel estuda pedir ajuda externa, como aconteceu em 2010. Muitos bombeiros, auxiliados por aviões, estão tentando assumir o controle de dois grandes focos, um na Colina de Hebron e outro próximo a cidade bíblica de Beit Shemesh. O calor foi tão intenso ontem (23), bem como está previsto para hoje e amanhã, que a rede ferroviária israelense informou que, devido ao forte calor em todo o país, foram impostas restrições de velocidade durante o tráfego ferroviário em vários itinerários que ligam as cidades. Tudo isso porque o calor intenso gera a dilatação dos trilhos de aço, devido a alta temperatura; por conta disso, os atrasos nas linhas de trem são constantes e alguns percursos foram temporariamente fechados. Em Elad, no centro do país, próximo a Tel Aviv, mais de quarenta casas foram tomadas pelo fogo e agora a pouco foi anunciado que o governo israelense pediu ajuda a Grécia, para que o país vizinho envie mais aviões e desta forma o grande incêndio possa ser combatido, evitando assim uma outra catástrofe no país. Já no território palestino, o incêndio foi político, já que o Brasil votou contra a decisão da Organização Mundial de Saúde (OMS) que pedia apoio ao povo palestino; o voto brasileiro foi acompanhado de mais onze países que também votaram contra o texto, como por exemplo os EUA, Alemanha e Hungria. Já contra Israel, votaram contra as 26 nações, de maioria muçulmana, e Cuba, Venezuela e Bolívia. O voto brasileiro na OMS condiz com a nova postura do Brasil nas relações internacionais, desde o início do governo do presidente Jair Bolsonaro com forte aproximação entre Israel, entre outras mudanças.

 

 

Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)

 

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